Silêncio
(Paulo Rochel)
De certa maneira, a felicidade é questionável, existe? deixa de existir?
Felicidade pode ser coisa inventada para sensações momentâneas que tem o rumo de te fazer bem, mas passa tão logo que num piscar de olhos, tudo não passa de um imenso vazio.
Uma vez me disseram que meu gênio e minha maneira de ser poderiam me fazer mal na vida que vivemos lá fora, pois o fato de gostar ou não de alguém no meu eu interno, é uma batalha constante que por fora parece pouca coisa, por dentro uma explosão de sentimentos.
Gostar, é gostar demais, me doar, até mesmo me sacrificar por quem eu amo, por amigos, por pessoas que realmente estiveram do meu lado.
Odiar, pode ser o famoso ódio gratuito (quando você odeia mesmo sem conhecer), pode ser birra, raiva, mas seja o que for, é tão intenso quanto.
Mudar isso é me transformar numa pessoa falsa, que sente tudo por dentro, mas da aquele sorriso amarelo para que os outros apenas parem de perguntar se estou ou não bem.
Indo por esse raciocínio, então eu perdi as contas de quantas vezes fui falso com alguém que eu odeio só pra não criar mais clima ruim ou simplesmente ter que conviver junto.
Por isso hoje eu prefiro o silêncio, nada é mais eficaz do que o silêncio, ele te ajuda a sair de situações ruins, ele por vezes pode até ser objeto de tortura, e outras de alívio.
Quem sabe eu não deva somente me calar, guardar meu silêncio para mim mesmo.. e neste instante, emudeci.
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