Vamos de algo novo por aqui?
Que tal um conto de terror?
vem comigo.
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Não sei o que me tornei, não sei o que está acontecendo com minha mente, ela tem me perturbado sonos que eu mais precisava, tem me dado pesadelos tão reais que acordar suado é de praxe.
Caminhando na rua, vejo uma garoa fina e fria cair sobre minha jaqueta preta, minha boina levemente torta na cabeça cede alguns pingos d'água que entram pela minha roupa me causando calafrios, meu coturno está bem amarrado em meus tornozelos deixando ao menos meus pés secos.
Avisto ao longe uma silhueta andando em minha direção, uma viela mal iluminada com um poste de luz queimada e outros se esforçando para dar um pouco de luz a rua cinzenta e estreita na qual vou andando e a sombra chegando cada vez mais perto.
Minha cabeça começou a girar, meus olhos se embaçaram e meus pelos ouriçados pela chuva causavam certo desconforto, avistei uma mulher chegando próxima a mim, escondendo seus cabelos levemente frisados embaixo de seu guarda-chuva rosado e seu vestido bege que colava em seu corpo molhado. Ela passou por mim e eu me ajoelhei como se fosse amarrar minhas botas e de uma delas puxei um cutelo, levantei-me e segui a mulher que nem deu sinal de que me percebera, estiquei meu braço e meus dedos encostaram em seus cabelos que puxei com força fazendo com que ela se desequilibrasse, seu guarda-chuva caiu no chão e foi sendo levado pelo vento que agora aumentara. Tapei sua boca com minha mão envolvida numa luvas grossa de couro que a impedia de gritar.
- Por favor para - Ela implorava quase sussurrando, mostrando que perdera a voz de medo.
Olhei em seus olhos mas eu não conseguia parar, mesmo que eu quisesse eu não conseguia parar.
Derrubei-a no chão e meu cutelo encostou em sua garganta, seus olhos de pânico encontraram os meus, apertei ainda mais o cutelo afiado em sua garganta e vi escorrer uma gota de sangue. Puxei seu cabelo e a joguei de bruços da rua e enfiei o cutelo em suas costas, seus gritos agudos invadiram meus ouvidos e meu coração disparou como se eu nunca tivesse ouvido ele antes, uma carga de adrenalina invadiu minhas veias e comecei a esquartejá-la, seus membros, quanto mais eu a cortava mais ela gritava, até que finalmente arranquei sua cabeça, seus olhos girando freneticamente, sua boca escorrendo sangue sujava toda a rua, até que seus olhos pararam fixamente olhando para os meus, um olhar frio, sem vida.
Coloquei os pedaços de seu corpo dentro de uma caçamba de lixo que estava próxima a mim, a chuva parara e sentia suor escorrer do topo de minha cabeça e passar pela lateral do meu rosto.
Abri os olhos e vi o teto do meu quarto onde o lustre balançava levemente pela briza do vento entrando pela janela entreaberta.
- Um sonho?
Estava tentando recuperar meu folego do que eu tinha acabado de ver, tudo parecia
tão real, o cheiro de sangue ainda estava em minhas narinas.
me virei e então vi em cima do travesseiro que ficava do meu lado, um coração que ainda pulsava.
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